NOME: Gregório de Matos Guerra (59 anos)
QUEM FOI: Advogado e poeta do Brasil colônia. Recebeu a alcunha de Boca do Inferno ou Boca de Brasa. É considerado o maior poeta barroco do Brasil e o mais importante poeta satírico da literatura em língua portuguesa, no período colonial. Gregório de Matos nasceu numa família abastada, empreiteiros de obras e funcionários administrativos (seu pai era português, natural de Guimarães). Assim como todos brasileiros de sua época, sua nacionalidade era a portuguesa, pois o Brasil só se tornaria independente no século XIX. Em 1668 representou a Bahia nas Cortes de Lisboa. Em 1672 o Senado da Câmara da Bahia outorgou-lhe o cargo de procurador. Em 1674 foi novamente representante da Bahia nas cortes. Foi, contudo, destituído do cargo de procurador. Em 1679 voltou ao Brasil, nomeado pelo arcebispo Gaspar Barata de Mendonça desembargador da Relação Eclesiástica da Bahia. D. Pedro II, rei de Portugal, nomeou-o em 1682 tesoureiro-mor da Sé, um ano depois de ter tomado ordens menores. Em Portugal já ganhara a reputação de poeta satírico e improvisador.
MORTE: 26 de novembro de 1695 - Recife, PE, Brasil.
CAUSA DA MORTE: Febre.
OBS: As inimizades cresceram em relação direta com os poemas que vai concebendo. Em 1694, acusado por vários lados (principalmente por parte do governador Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho), e correndo o risco de ser assassinado é deportado para Angola. A condenação tida como mais leve é atribuída ao amigo e protetor D. João de Lencastre, então governador da Bahia. Foi dito que Lencastre mantinha livro público no qual eram copiadas as poesias de Gregório. Como recompensa de ter ajudado o governo local a combater uma conspiração militar, recebeu a permissão de voltar ao Brasil, ainda que sem permissão de voltar à Bahia. Morreu em Recife, vitimado por uma febre contraída em Angola.