MORTE DE D. JOSÉ I DE PORTUGAL

 
 
NOME: José Francisco António Inácio Norberto Agostinho de Bragança (62 anos) 
QUEM FOI: Cognominado O Reformador devido às reformas que empreendeu durante o seu reinado, foi Rei de Portugal da Dinastia de Bragança desde 1750 até à sua morte. Casou, em 1729, com D. Mariana Vitória de Bourbon, infanta de Espanha. O reinado de José I é sobretudo marcado pelas políticas do seu primeiro-ministro, o Marquês de Pombal, que reorganizou as leis, a economia e a sociedade portuguesas, transformando Portugal num país moderno. A 1° de novembro de 1755, D.José I e a sua família sobrevivem à destruição do Paço Real no Terremoto de Lisboa por se encontrarem na altura a passear em Santa Maria de Belém. Depois desta data, José I ganhou uma fobia de recintos fechados e viveu o resto da sua vida num complexo luxuoso de tendas no Alto da Ajuda em Lisboa. Outro ponto alto do seu reinado foi a tentativa de regicídio que sofreu a 3 de setembro de 1758 e o subsequente processo dos Távoras (família acusada de tentar assassiná-lo).
NASCIMENTO: 6 de junho de 1714 - Lisboa, Portugal.
MORTE: 24 de fevereiro de 1777 - Portugal
CAUSA DA MORTE: Possível síndrome bulbar resultante de oclusão trombótica da artéria vertebral.
OBS: Os sintomas enfrentados por D. José I no fim da vida, sugere que ele sofrera a chamada "Síndrome Bulbar" (Síndrome de Wallenberg). A partir dos 60 anos de idade, surgem os primeiros sintomas da doença que iria matar D. José: começaram a aparecer chagas enormes nas pernas, sofreu uma ataque de apoplexia (derrame cerebral) que o deixou parcialmente paralisado. Teve um ataque de afasia (perdeu a capacidade de falar), mas se comunicava perfeitamente escrevendo em pedaços de papel. Sofreu convulsões que terminaram paralisando o maxilar e neste período, só podia ser sustentado por duas pessoas te auxiliado, pois estava sem movimento de metade do corpo (era sustentado por almofadas para sentar). Aos 62 anos começou sofrer de ptialismo (produzindo secreção de saliva que escapava involuntariamente). Devido a fortes convulsões, D. João não conseguia ingerir sequer água, tendo grandes dificuldades de se alimentar e sentindo-se sufocado. Nesse ritmo caracterizado de sofrimento e desespero, D. José I faleceu.

SÍNDROME DE WALLENBERG também conhecida como síndrome da artéria cerebelar posterior inferior, tem etiologia em um acidente vascular cerebral (AVC) na artéria vertebral ou posterior inferior do cerebelo do tronco cerebral. Esta síndrome se caracteriza por problemas sensoriais que acomete o tronco e as extremidades do lado oposto ao derrame e déficits sensoriais que afetam a face e os nervos cranianos ipsilateral ao derrame. Também por enervação da língua, face, músculos laríngeos, cordas vocais e vias cerebelosas adjacentes.