MORTE DE ANÍSIO TEIXEIRA

NOME: Anísio Spínola Teixeira (70 anos) 
QUEM FOI: Jurista, intelectual, educador e escritor brasileiro. Personagem central na história da educação no Brasil, nas décadas de 1920 e 1930, difundiu os pressupostos do movimento da Escola Nova, que tinha como princípio a ênfase no desenvolvimento do intelecto e na capacidade de julgamento, em preferência à memorização. Reformou o sistema educacional da Bahia e do Rio de Janeiro, exercendo vários cargos executivos. Foi um dos mais destacados signatários do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em defesa do ensino público, gratuito, laico e obrigatório, divulgado em 1932. Fundou a Universidade do Distrito Federal, em 1935, depois transformada em Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Com a Ditadura Militar (1964-1985), Anísio foi afastado do cargo e teve seus direitos políticos cassados, permanecendo apenas na condição de membro do Conselho Federal de Educação até o ano de 1968, atribuição que assumiu de forma ativa. Em 1971 calava-se a voz de Anísio Teixeira desaparecido em 11 de março do mesmo ano e encontrado morto num fosso de elevador no dia 14. A perícia afirmou que a morte foi acidental, porém, a família acredita que Anísio foi vítima da repressão.
NASCIMENTO:  12 de julho de 1900 - Caetité, BA, Brasil.
MORTE: 11 de março de 1971 - Rio de Janeiro, Brasil.
CAUSA DA MORTE: Hemorragia interna causada por uma suposta queda
OBS: "Eu acho que não foi um acidente... Meu pai foi encontrado... Todo mundo diz: “Ah, caiu no elevador!”. Não! O elevador de fato tinha um defeito, tinha apresentado esse defeito seis meses antes. A porta se abria sem o elevador estar. Então como meu pai tinha essas coisas de distração, a família ficou naquela dúvida: “Será que foi mesmo? Ele abriu a porta, o elevador não estava e dizem que havia um vácuo e ele poderia ter caído”. Mas, há várias coisas. O meu pai foi encontrado sem sapato, ele não caiu em cima da virga que dividia o fosso, ele é encontrado em baixo dessa virga. A autópsia diz que ele morreu da pancada. Se ele morreu da pancada e naquele momento da queda, ele não poderia ter passado pra baixo, para passar pra baixo ele não poderia passar por um vão de 20 centímetros e nem encontrado 3 dias depois em posição fetal. Há várias contradições". (Anna Christina Teixeira M. de Barros – Filha de Anísio Teixeira, 2007 [Depoimento gravado em Documentário - Coleção Grandes Educadores - Educadores Brasileiros (Anísio Teixeira, Lourenço Filho e Fernando de Azevedo). – Brasil: Paulus, 2007.])