NOME: Cecília Benevides de Carvalho Meireles (63 anos)
QUEM FOI: Poetisa, pintora, professora e jornalista brasileira. É considerada uma das vozes líricas mais importantes das literaturas de língua portuguesa. Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, e de D. Matilde Benevides Meireles, foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento, e sua mãe quando ainda não tinha três anos. Criou-a, a partir de então, sua avó D. Jacinta Garcia Benevides. Conclui seus primeiros estudos — curso primário — em 1910, na Escola Estácio de Sá, ocasião em que recebe de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Rio de Janeiro, medalha de ouro por ter feito todo o curso com "distinção e louvor". Diplomando-se no Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, em 1917, passa a exercer o magistério primário em escolas oficiais do antigo Distrito Federal. Dois anos depois, em 1919, publica seu primeiro livro de poesias, "Espectro". Seguiram-se "Nunca mais... e Poema dos Poemas", em 1923, e "Baladas para El-Rei, em 1925. Em 1951 viajou pela Europa, Índia e Goa, e visitou pela primeira e única vez os Açores, onde na ilha de São Miguel contatou o poeta Armando César Côrtes-Rodrigues, amigo e correspondente desde a década de 1940.
NASCIMENTO: 7 de novembro de 1901 - Rio de Janeiro, Brasil.
MORTE: 9 de novembro de 1964 - Rio de Janeiro, Brasil.
CAUSA DA MORTE: Câncer não especificado.
OBS: O sepultamento de Cecília Meireles, um dia após sua morte, acabou sofrendo um pequeno atraso devido aos muitos amigos que desejaram despedir-se da poetisa. Debaixo de chuva, suas filhas e marido choraram comovidos, de pé, ao lado do esquife, quando o poeta Manuel Bandeira adiantou-se para beijar a face de Cecília e o corpo da poetisa recebeu uma coroa com um verso de Rimbaud dizendo que “a poesia não morre jamais”.