MORTE DE DILERMANDO DE ASSIS


DILERMANDO CÂNDIDO DE ASSIS (63 anos) | (Porto Alegre, 18 de janeiro de 1888 — São Paulo, 13 de novembro de 1951) foi um militar, engenheiro, escritor e maçom brasileiro, responsável pelo plano rodoviário do Estado de São Paulo na década de 1930. Foi diretor do Departamento de Estradas de Rodagem e diretor do Instituto Geográfico e Cartográfico de São Paulo. Ficou famoso, entretanto, pela tragédia amorosa vivida com a esposa do escritor Euclides da Cunha que levou à morte do escritor e, posteriormente, de seu filho. Dilermando encontrava-se com Ana em sua casa na Estrada Real de Santa Cruz, local afastado do Bairro da Piedade, onde foi surpreendido por Euclides. Euclides tinha passado em casa de parentes, onde conseguira uma arma, no dia 15 de agosto de 1909, um domingo. O escritor entra gritando no aposento, berrando que estava ali para “matar ou morrer”. Ele acerta Dinorah, irmão de Dilermando, e ainda acerta 3 tiros no amante da esposa, mas Dilermando tinha treinamento militar e conseguiu sacar sua arma antes e desferir dois tiros em Euclides da Cunha, que morreu no local. Seu irmão Dinorah, que era atleta do Botafogo, ficou ferido, mas se recuperou e chegou a ser campeão estadual em 1910, mas ficou com hemiplegia, o que debilitou mais e mais sua saúde e, não suportando a condição, suicidou-se em 1921. 
CAUSA DA MORTE: Infarto do miocárdio. 
OBS: Sua morte ocorreu seis meses depois da morte de Ana, sua ex-amante, por câncer. Na ocasião de sua morte, seu sepultamento no Cemitério do Santíssimo Sacramento, em São Paulo, foi negado, devido seu envolvimento na morte de Euclides da Cunha e seu filho. Seu corpo só foi transferido para o cemitério, para ser sepultado ao lado dos pais e do irmão, cujos corpos ele trasladou de Porto Alegre para a capital paulista, muitos anos depois.