MORTE DE JOANA ANGÉLICA


NOME: Joanna Angélica de Jesus (60 anos) 
QUEM FOI: Religiosa baiana, nascida no Brasil colônia, que morreu defendendo o Convento da Lapa em Salvador (Bahia) contra soldados portugueses. Aos vinte anos de idade, a 21 de abril de 1782, entrou para o noviciado no Convento de Nossa Senhora da Conceição da Lapa, na capital baiana. Ali foi escrivã, mestra de noviças, conselheira, vigária e, finalmente, abadessa. Ocupava a direção do convento, em fevereiro de 1822, quando a cidade ardia de agitação contra as tropas portuguesas do brigadeiro Inácio Luís Madeira de Melo - que tinham vindo para Salvador desde o Dia do Fico. Sólida construção colonial, ainda hoje existente na capital baiana, o Convento da Lapa compõe-se de uma clausura, cuja principal entrada é guarnecida por um portão de ferro. 
NASCIMENTO: 12 de dezembro de 1761 - Salvador, BA, Brasil. 
MORTE: 19 de fevereiro de 1822 - Salvador, BA, Brasil. 
CAUSA DA MORTE: Hemorragia causada por perfurações de baioneta. 
OBS: Abrindo os braços, num gesto comovente, tenta impedir que os invasores passem. É, então, assassinada a golpes de baioneta. Penetrando no sagrado recinto, encontram apenas o velho capelão, Padre Daniel da Silva Lisboa, a quem espancam a golpes de coronhas, deixando-o como morto. Joana Angélica tornou-se, assim, a primeira mártir da grande luta que continuaria, até a definitiva libertação da Bahia, no ano seguinte, a 2 de julho, data efetiva da independência baiana.